quinta-feira, dezembro 7


ALMA PERDIDA


Eu lutei quase até à exaustão
a minha alma quase se rendeu
os meus pulmões ficaram vazios
o meu sangue por pouco não gelou
queria levantar-me mas caia novamente
comecei a fraquejar
as minhas mãos raspavam no chão
até que num ultimo esforço consegui erguer-me.

Caminhei por entre os fantasmas
sobrevivi a feitiços feitos por velhas sem dentes
maldições pairaram sobre mim durante anos
explorei novos mundos e dimensões
voei por entre as estrelas
batalhei contra guerreiros invisíveis
morri e voltei a nascer
fiquei ferido e amputado
li os livros dos grandes sábios
que muito me ensinaram
curei pessoas moribundas
e por simbiose elas me curarão
cai em mim e voltei a planar sobre o horizonte
mergulhei de cabeça para um poço sem fundo
comecei a ver luminosidade
mas era uma enorme ilusão
absorvi energias positivas
mas também as negativas
senti a serenidade das arvores
elevei-me para uma paz neutral
e fiquei…em silêncio
rendido à pureza dos sentimentos.

Mas novas batalhas se aproximavam
restabeleci as energias
mentalizei-me para o desafio
afiei a minha espada
e fui determinado para a guerra
sem medo nem ilusões
e como já estava morto
só existia um final…
olhar para o inimigo e sorrir para a morte
tornando-me assim uma alma perdida no universo.

2 comentários:

Finding Essex disse...

Como posso comentar um texto que é um turbilhão de energia? que se desenha incansavelmente, mostrando mais e mais...? Tu és realmente espantoso!!

Beijos ;)

Enfim... disse...

que lindo poema lol.Bjs